quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Where AM I??



Onde anda a minha cabeça?
Não consigo me responsabilizar por nada,
E muito menos saber as minhas responsabilidades.
Estou um pouco perdida na maré
Porque depois desta caminhada
Que à muito percorro por meu pé
Sinto-me sem direcção, e sem nenhuma cruzada.

Estou aprisionada no tempo
E a ser sufocada pelo espaço.

Suspiro, respiro fundo
Para bater no fundo do meu mundo
Com esperança de um dia ser
Rispostada para o alto, para
A meta no planalto.

29/11/2010

This world we living




Este mundo em que vivemos
Em cada instante vai desabando
Todos os dias nos rouba um pouco do que temos
Para noutros nos ir dando.

É tudo uma farça.
Uma enorme palhaçada
Mães que se prostituem 
Para a sua criança ser alimentada.

Jovens roubam para comer
Outros para os vícios manter
Mas a verdade é só uma
Rico ou pobre, este povo vai por fim tremer!

Espremidos, chupados
Até à última gota
Passamos a vida em greves
Para que no fim ela caía morta

É uma luta constante para sobreviver
Mas o mundo é para os espertos,
Para os que sabem viver.

Sem nada para querer, sem nada para fazer
É essa a vida que eu quero ter.

Choro quando vejo estas injustiças
Por que muitos andam a passar
É triste ver isso nas notícias
É triste ver o mundo a desabar

16/10/2010 2pm

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

INVERNO



O som do vento, toda a sua agitação, toda a sua frieza, fazem-me arrepios múltiplos e constantes, como se se estivessem a infiltrar nos meus ossos. O frio que por vezes refresca e revitaliza, que nos faz tremer e correr para casa. A vontade de estar ao quente, refugida no meu canto, confortavelmente no meu canto.
Aconchegada pelos tecidos peludos e macios, sente a pele, sente como se antes não tivesse sentido.
Que prazer, que abrigo mental que me dá espaço para descanso.
A minha vitalidade a ser recarregada, com uma chávena de algo quente e doce, que me relaxa e me deixa repousar na almofada eternamente, para além dos confins chegar.
Mutilando o passado com a euforia da viagem escolhida. A profunda e mais produtora , capaz de reproduzir todas as respostas às minhas questões.
E o meu leito... só o meu leito me permite tal fantasia.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

(in) SEGURANÇA




Inconstante, permaneço refugiada no meu quarto, o meu seguro de vida, o meu canto, o meu refúgio.
Deitada, aninhada, penso e choro. Água vinda dos oceanos da minha mente.
Estou só, simplesmente sozinha e por minha conta, pois cheguei a conclusão de que não tenho ninguém para me guiar, apoiar e cuidar. Não sei no que me tornei, ou melhor, no que os outros me tornaram!
O egoísmo e egocentrismo são simplesmente estados, mas os quais que permanecem, desgastam, magoam e corrompem.
Os animais que todos nós somos, apenas se limitam a olhar por eles, e não reparam nem querem saber do sofrimento alheio.
Estou desgastada devido à erosão da colisão de termos trocados e ofensivos.
Preciso de uma mão que me puxe, que me oriente, e diga como fugir a este desespero que me sufoca a cada inalação de ar mundano, que é veneno mortal.

onde te escondes tu?

Onde me esconderei eu, maravilhoso poeta?
Pergunto-me por vezes onde está a vontade para a minha paixão? Paixão esta, que não me deixa parar de jogar cá para fora, todos estes termos acidificados, açucarados, que tão bem me fazem e rejuvenescem a alma e revitalizam o meu chakra.
Sinto-me possuidora deste dom que tanto venero e amo como os meus próprios binóculos, circulares, azuis e avermelhados.
Morreria se conseguisse viver para ti. Morreria de felicidade se vivesse para ti. Enlouquecia se não te pudesse ter tão perto, e ao mesmo tempo tão distante.
Por vezes a pequena luz não me ilumina as folhas, consequentemente não podia escrever.
Falta inspiração a esta jovem aspirante a ... qualquer coisa como borrar folhas, desenhar tipográficamente uma história, delineada entre margens do mundo real e irreal. Portal da depressão lírica.
Poeta, eu? Por vezes queria ser!
Mas que coerência a minha. Desculpem, mas abanei demasiado as tiras de pano a que, metamorfosicamente designa-se papel, papelito
Pedra meu poeta, que chamas a isso?  ... Inspiração... Meditação profunda, busca do verdadeiro eu.
Poeta... meu poeta...

quarta-feira, 31 de março de 2010

Será que...? Quem me dera.

Será que algum dia ela se irá lembrar?... Se irá lembrar de todas as conquistas que fora capaz de alcançar sozinha, ou será que ela apenas conseguirá apaga-las da sua mente, que constantemente lhe prega partidas. Que de um momento para o outro a desgasta e a deixa perto de um grande poço sem fundo, sem luz, sem paredes, sem uma única gota de humanidade. Que a deixa à beira do abismo, sem qualquer hipótese de retroceder, incapacitando-a de se sentir forte, capaz de algo, de fazer alguma coisa, ou pelo menos de ter vontade de fazer algo. Ela está mesmo nas mais profundas viagens, tentar encontrar-se, mas não resulta. Cada vez se perde mais, cada vez foge ao rumo que ela própria havia destinado. É ela feliz? Isso gostava eu de saber, de a compreender. Conseguir alcançar o seu subconsciente, ou apenas só a perceber. Ora chora, ora sorri, ora desconfia de tudo e todos, ora se arrepende, ora se revolta, ora age pacificamente. Ora está bem...Ora está mal. Qual será o problema dela afinal? 
Será que ela quer esquecer as conquistas, de forma a apagar as derrotas? Apagar o passado?
Ela diz-me que sofre, que dói, que arde, e não sabe porque. Ela diz-me que não está bem, que nada está bem. Ela não é capaz de confiar, ela não é normal. Nunca está bem! O que terá ela de mal? O que a atormenta? 
São estas questões, estes pensamentos, que me preocupam e que não me deixam afastar dela. Já passou por tanto. Pobre menina! Sempre tão frágil por onde passa.. Tão delicada. 
Quem me dera saber ser feliz para a poder ensinar. Quem me dera que ela aprendesse a ser feliz. Quem me dera...
Quem me dera ser Feliz.


TRY TO SMILE

terça-feira, 30 de março de 2010

Doce



Fecho os olhos e tenho percepções bonitas da música.
Como sentir magia no ar, poesia a voar no mar.
Ligeiros desvios a um local omitido pela sociedade.
Um lugar secreto, onde em viagens o podes encontrar.
O teu cantinho, doce e escuro cantinho, omitido por ti!
 Divago por entre luares enraivecidos, carregados de fúria.
Por entre poerias brancas como a neve, mas brilhantes.

Onde te escondes tu meu doce poeta?
Envergonhas-te depois das coisas que dizes, ou meramente reflectes?
Terão sido ditas correctamente? Ou apenas pensamentos perdidos?

Não se encontram respostas a tais questões, simplesmente busca-se informação para obter a desejada resposta.
Abrirá caminhos, abrirá portas, cabe-me a mim descobrir a melhor caminhada.
O melhor percurso, o melhor esquema, o melhor filme psicológico alguma vez inventado na história por mim!

Tudo se resume a reviravoltas no diálogo, que nos acabam por levar ao mesmo.
Doces viagens.Doce cantinho.Doce poeta.




Julho 2009