quarta-feira, 3 de novembro de 2010

INVERNO



O som do vento, toda a sua agitação, toda a sua frieza, fazem-me arrepios múltiplos e constantes, como se se estivessem a infiltrar nos meus ossos. O frio que por vezes refresca e revitaliza, que nos faz tremer e correr para casa. A vontade de estar ao quente, refugida no meu canto, confortavelmente no meu canto.
Aconchegada pelos tecidos peludos e macios, sente a pele, sente como se antes não tivesse sentido.
Que prazer, que abrigo mental que me dá espaço para descanso.
A minha vitalidade a ser recarregada, com uma chávena de algo quente e doce, que me relaxa e me deixa repousar na almofada eternamente, para além dos confins chegar.
Mutilando o passado com a euforia da viagem escolhida. A profunda e mais produtora , capaz de reproduzir todas as respostas às minhas questões.
E o meu leito... só o meu leito me permite tal fantasia.