quinta-feira, 2 de setembro de 2010

(in) SEGURANÇA




Inconstante, permaneço refugiada no meu quarto, o meu seguro de vida, o meu canto, o meu refúgio.
Deitada, aninhada, penso e choro. Água vinda dos oceanos da minha mente.
Estou só, simplesmente sozinha e por minha conta, pois cheguei a conclusão de que não tenho ninguém para me guiar, apoiar e cuidar. Não sei no que me tornei, ou melhor, no que os outros me tornaram!
O egoísmo e egocentrismo são simplesmente estados, mas os quais que permanecem, desgastam, magoam e corrompem.
Os animais que todos nós somos, apenas se limitam a olhar por eles, e não reparam nem querem saber do sofrimento alheio.
Estou desgastada devido à erosão da colisão de termos trocados e ofensivos.
Preciso de uma mão que me puxe, que me oriente, e diga como fugir a este desespero que me sufoca a cada inalação de ar mundano, que é veneno mortal.

onde te escondes tu?

Onde me esconderei eu, maravilhoso poeta?
Pergunto-me por vezes onde está a vontade para a minha paixão? Paixão esta, que não me deixa parar de jogar cá para fora, todos estes termos acidificados, açucarados, que tão bem me fazem e rejuvenescem a alma e revitalizam o meu chakra.
Sinto-me possuidora deste dom que tanto venero e amo como os meus próprios binóculos, circulares, azuis e avermelhados.
Morreria se conseguisse viver para ti. Morreria de felicidade se vivesse para ti. Enlouquecia se não te pudesse ter tão perto, e ao mesmo tempo tão distante.
Por vezes a pequena luz não me ilumina as folhas, consequentemente não podia escrever.
Falta inspiração a esta jovem aspirante a ... qualquer coisa como borrar folhas, desenhar tipográficamente uma história, delineada entre margens do mundo real e irreal. Portal da depressão lírica.
Poeta, eu? Por vezes queria ser!
Mas que coerência a minha. Desculpem, mas abanei demasiado as tiras de pano a que, metamorfosicamente designa-se papel, papelito
Pedra meu poeta, que chamas a isso?  ... Inspiração... Meditação profunda, busca do verdadeiro eu.
Poeta... meu poeta...