segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Grey

Estes dias reles, que passam como um piscar de olhos, cintilantes e húmidos.
Talvez do vento forte ou de emoções fortes e arrebatadoras, o certo é que estes dias obscuros passam rápido mas custam tenebrosamente a passar.. Inundados de medos e obstáculos, de complicações da própria vida fútil.
Arremessam contra mim os dilemas quotidianos de outros, que no fundo são meus também.
A vida é deveras dura e fatigante, e eu nada me fatigo para a alterar. Talvez eu própria não tenha essa hipótese, mas eu quero imensamente a ter.
A verdade é que vejo os dias cinzentos correrem e até mesmo os radiantes e nada faço!
A minha vontade começa-se a tornar escassa, tal como as minhas oportunidades.
O que se precisa é de trabalhar e nem isso é fácil de se obter.. ou melhor dizendo, não é facil obter a vontade para o fazer!
Como é que com a falta de uma imensidão de coisas, as verdadeiramente essencias, somos capazes de ultrapassar mais um crepúsculo seguido de, uma noite turbulenta de pensamentos preocupantes, relativos às depesas essenciais de sobrevivência ao ser humano, e a carência emocional que sentimos quando estão com dívida para connosco?


segunda-feira, 4 de julho de 2011

O fio e o terreno

Tenho o mundo que idealizo
e tenho o mundo em que vivo
aquele em que sorrio
e aquele em que sobrevivo.

Por vezes tão sombrio e frio
por outras tão iluminado e ameno
quem diria que a terra seria o fio
que sutesta o meu outro terreno.

porque nesse fio tão denso
tenho o meu terreno livre
e é nele onde penso
naquilo em que já tive

Aquilo que gostaria de ter
Imagino-me como me sentiria
A alegria que teria
e o amor que me correspondia

No fio tenho o desgosto
e a incorrespondência
Onde vivo por viver
nesta mera existência

Vida sem sentido algum,
não tenho quem me dê uma direcção
nem quem me dê motivo nenhum
para tomar um novo rumo à minha canção

Ai... vontade quanta eu tenho
para que as coisas fossem reais
que caissem dos ceus
em folhas de jornais

que me embrulhassem e revestissem
me aconchegassem e acariciassem
o quanto eu preciso e penso
que esses dias um dia regressassem

Dias sim sempre,
e jamais dias não,
queria viver esta história
que tenho na imaginação

Um belo conto se tornaria
se não tivesse a realidade
porque cada vez que adormeço
consigo fugir da complexidade.

sábado, 14 de maio de 2011

Sufoco

Tu sofocas-me
e continuas a suforcar
este ar tão carregado
que me custa tanto a inalar.

Saio pelo porta
e tudo fica pesado,
a tristeza desbrota
por não estares a meu lado.

Em casa estou bem.
Estou bem assim!
Sem ninguém.
Já é igual p'ra mim...

12/05/2011

?

Que pensamento é este,
o pensamento de outrem,
que não fora nesta vida
mas na vida passada de alguém.

Acho que já cá vim,
e cá voltei a retornar.
Quem fui não sei
fez questão a memória apagar.

Mais próxima estarei de descobrir
ou mais longe de achar,
aquilo que com um trapo preto cobriu
A minha vida que tenho de relembrar.

Que outro tempo passou
senão aquele que gastei,
aquele que a memória me apagou,
e nunca mais me recordei.

Deu-me pistas,
talvez uns sinais,
mas todos eram
iguais ao demais.

A informação armazenou-se,
a monotonia não ajuda à prática,
a vida por panos escapou-se
de forma alguma sarcástica

A descoberta manteve-se à espera,
que a autonomia se movimenta-se,
para esta vida amarga e severa
tivesse algo para que se recordasse.

12/05/2011

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Ele(s)

E ele afasta-se, como sempre faz. Não tem coragem suficiente, ou melhor, será ele homem suficiente? Que sarcástica, peço imensas desculpas, mas continuando... ele é estranho, vive para si , fechado em si, mantendo vivos sonhos e fantasias dentro do seu subconsciente de forma a não ultrapassar demasiado os seus limites, para não falar do seu consciente, que tenta seguir à linha a ética e a moral mas ao mesmo tempo os seus prazeres mundanos e materialistas. Porque claro, todos temos um pouco disso! Mantendo as aparências e ocultando da melhor forma as suas monumentais perversões.
Julgam-no charmoso e de bom aspecto, e na verdade o é! Não o podemos chamar de estúpido nem de burro, porque ele é deveras culto. Tem o seu treino, claro que um homem tem de andar sempre ensaiado para não perder as melhores oportunidades de ir para a caça. Todos os homens ainda preservam de uma forma ainda marcante o seu instinto animal, que por hábito têm tendência a marcar o seu território. Idiotas! Isso sim a ele posso chamar, porque preenche todos os requisitos necessários para ter o papel ideal!