sábado, 14 de maio de 2011

Sufoco

Tu sofocas-me
e continuas a suforcar
este ar tão carregado
que me custa tanto a inalar.

Saio pelo porta
e tudo fica pesado,
a tristeza desbrota
por não estares a meu lado.

Em casa estou bem.
Estou bem assim!
Sem ninguém.
Já é igual p'ra mim...

12/05/2011

?

Que pensamento é este,
o pensamento de outrem,
que não fora nesta vida
mas na vida passada de alguém.

Acho que já cá vim,
e cá voltei a retornar.
Quem fui não sei
fez questão a memória apagar.

Mais próxima estarei de descobrir
ou mais longe de achar,
aquilo que com um trapo preto cobriu
A minha vida que tenho de relembrar.

Que outro tempo passou
senão aquele que gastei,
aquele que a memória me apagou,
e nunca mais me recordei.

Deu-me pistas,
talvez uns sinais,
mas todos eram
iguais ao demais.

A informação armazenou-se,
a monotonia não ajuda à prática,
a vida por panos escapou-se
de forma alguma sarcástica

A descoberta manteve-se à espera,
que a autonomia se movimenta-se,
para esta vida amarga e severa
tivesse algo para que se recordasse.

12/05/2011